Como sabemos, por aqui a estratégia e$colhida é o faz-de-conta, e de acordo com tais intere$es, não tem ninguém de brincadeira. É um time muito bem entrosado. Para dar a notícia acima a galera do Jornal Zero Hora (zeagá) criou a seguinte linha: "Ministério da Saúde anuncia a criação de 11 novos centros contra as drogas no RS". Na versão impressa, entrevistaram o Excelentíssimo Senhor Secretário Estadual de Saúde Osmar Terra, um dos grandes destaques do time treinado pela mídia alarmista. Ele disse, basicamente, que qualquer coisa parecida com dinheiro que vier para o estado servirá unicamente para alimentar o (cada vez mais) monstruoso plano de enfrentamento ao crack.
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No Diário Catarinense (franquia do monopólio que o Grupo RBS comete no sul do país) saíram-se eles com esta pergunta, feita a um psiquiatra "especialista em dependência química".
"DC – No Estado se fala pouco (?!) dessas comunidades terapêuticas, tanto em quantidade quanto em qualidade. O que o Estado precisa?
Observem a resposta:
Zaleski – A comunidade terapêutica vem no vácuo – sem nenhuma crítica porque temos boas comunidades que prestam serviço interessante – da prestação de serviço que o Estado teria de oferecer à população (!). A gente teria que ter um hospital tipo comunidade terapêutica (?), com espaço adequado, serviço multidisciplinar, médicos, serviço social, enfermagem, cuidados com doenças infecciosas, pois esses pacientes são muito suscetíveis a contrair tuberculose, HIV."
Podia ter sido pior, claro. Esqueceu basicamente o Doutor Zaleski que "hospital tipo comunidade terapêutica" na prática é um modo mais grosseiro de falarmos exatamente na demanda e no papel dos CAPS. Com o grande acréscimo de que os CAPS devem (na teoria) trabalhar pensando a vida na comunidade. Uma especialidade ignorada pelos seus detratores.
3 comentários:
Em tempo: temos algumas críticas aos CAPS-AD também. Em uma sociedade em plena guerra de imagens contra as pessoas que usam drogas, todo e qualquer serviço minimamente eficaz é uma ilha. O real problema que impede abordagens eficazes não é multisetorial: é cultural. Transcende os setores.
Mesmo assim, ainda enxergamos na Reforma Psiquiátrica um avanço - só não sabemos ainda até quando, afinal muit@s defensores/as da Reforma ainda não parecem ter decidido se são favoráveis ou não às práticas manicomiais para quem usa drogas. Mas esse assunto pode ficar pra uma próxima.
Uma abordagem médica é mais que bem-vinda, porém se não acompanhada de regulamentações do mercado, pouca coisa mudará, pois o grande consumo, recreativo, não se enquadra como "doença mental" ou "dependência".
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É preciso pensar grande, mesmo sabendo que algumas vezes os passos podem ser pequenos.
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No campo da Saúde, pode ser proposto a aprovação da venda e consumo de cannabis para uso medicinal. A Califórnia e diversos Estados dos EUA começaram assim.
Ola visitei seu blog e gostei muito e gostaria de convidar para acessar o meu também e conferir a postagem desta semana: Guerra Política acirra disputa entre Brasil e Argentina.
Sua visita será um grande prazer para nós.
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Atenciosamente,
Sebastião Santos.
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