sábado, março 27

Gandhia - Participe agora!

Fusos horários à parte, no dia de hoje, às 4:20 da tarde, pessoas diversas estarão participando de uma manifestação pela paz nas políticas de drogas brasileiras. Em São Paulo, haverá uma festa pacífica nas ruas, contando com "baseados" de orégano e distribuição de drogas.

Distribuição de drogas? Isso mesmo: é aquilo que todas as farmácias fazem diariamente - só que, nesse caso, com motivações mais respeitáveis do que as de grande maioria dos laboratórios.





O acontecimento, fazendo referências à sagrada ganja e ao pacifista Gandhi, pode e deve ser multiplicado, sempre em um contexto de não-violência, e portanto não sendo incentivado o porte de drogas tornadas ilícitas. Leia aqui o relato do primeiro Gandhia, em 27 de Janeiro do corrente, e nesse clima, divulgue sua ideia audiovisual em blog, youtube, twitter ou orkut, ou mandando para principioativo.rs@gmail.com, queima@unzinho.com e outros sítios louváveis, como hempadão, filipetadamassa ou growroom.

sexta-feira, março 26

FHC é contra proibição da marcha... (uma notícia?)

Faísca atrasada, nosso blog comenta somente algumas centenas de horas depois aquilo que muit@s twitteir@s replicaram no primeiro milésimo de segundo: FHC, o recém-queridinho de parte da nação canábica, parece estar enxergando coisas que antes não enxergava. Por exemplo, a existência de um movimento social organizado por pessoas que usam maconha, e que vão às ruas para falar, dentre outras coisas, que gostariam de plantar a sua, ao invés de ficarem reféns do esquema perverso do tráfico.

Este contexto pode ser meio confuso para quem acompanha a arena das políticas de drogas há mais de 10 anos. Acostumávamos a comemorar as mudanças nas leis estadunidenses, e criticar duramente o pessoal "de direita", esses conservadores, etc... De repente, tudo muda, mas quase nada muda: nos últimos anos poucas mudanças concretas foram efetivadas. A lei Nº 11.343, de 2006, como comentamos na época, permaneceria dando ao Estado, conforme relata a juíza Maria Lúcia Karam, a possibilidade de cercear direitos constitucionais básicos, como o de livre uso dos corpos.

De repente, o crescimento das marchas e de coletivos locais falando sobre antiproibicionismo. E tudo fica bonito. Marchas acontecem. Depois de muita luta, as cidades estão pouco a pouco derrubando as proibições ao direito de marchar (que, pra variar, também são decisões inconstitucionais). Aí, aos 39min do 2º tempo, entra uma tal de Comissão Brasileira Drogas e Democracia, pomposa, falando de direitos humanos e blablablá, composta por pessoas que fumam e não tragam, e que não dão uma letra sequer sobre as marchas. Qual é a dessa galera?, perguntamos.

A questão é que não mais podemos comemorar mudanças de lei nos EUA, já que nossos camaradas enfumaçados continuam reféns, agora não mais do tráfico, mas do corporativismo médico, que os obriga a gerar procedimento$ em saúde para comprarem seu direito de fumar. Diz que é bem fácil: basta dizer que tá com dor nas costas, que o médico dá um sorrisinho e prescreve. Nada mal para um sistema de saúde que, até anteontem, era 100% privado. Mas, peraí - o que disse mesmo Maria Lúcia Karam quanto ao livre uso dos corpos? E o que dizíamos nós, que nos sentíamos reféns de sistemas perversos?

Em sua declaração sobre a proibição das Marchas, FHC não falou em momento algum sobre qual modelo de legalização defenderia sua trupe - que, repetiremos sempre, é financiada por megainvestidores estadunidenses que dobraram as marchas por lá, articulando junto ao movimento de "pacientes" uma grande rede de dispensários - "farmácias" - de maconha. Não estranha que FHC tenha se limitado somente a dizer que direitos constitucionais devem ser respeitados. Não estranha não ser nada de novo. Nossos parceiros que hoje enfrentam a proibição de suas marchas devem comemorar: trata-se de pronunciamento estratégico e que pode, sim, ajudar nos contextos locais, Ministérios Públicos afora. Mas que não esqueçamos do mote que leva pessoas às marchas: não compre, plante! E que venham as agências brasileiras de canábis medicinal. Até que se prove o contrário, eles também querem fazer dinheiro com nossos direitos. A respeito, ótima matéria no Growroom.

quarta-feira, março 24

Camisetas 2010 - saindo do armário!

Sair do armário é preciso, e camisetas são uma boa forma de botar o assunto na roda. De quebra, ajude o grupo a manter e ampliar suas atividades (panfletos, faixas, tintas, telefonemas, domínio .org, megafone, mais camisetas, aluguel de helicópteros, ações na Petrobrás)...

Após todos estes argumentos irrefutáveis, clique para dar uma olhada:

Intervenção urbana - Andrio

Cartunista - Pico

A verde é R$25 e a branca é R$20.
Ambas em Fio 30 penteado (ótima qualidade, não encolhe nem alarga). 

Tamanhos e medidas (largura x altura):

M ......... 50cm x 68cm 
G .......... 54cm x 70cm
GG ....... 56cm x 74cm 

Incentivando a responsa, encomendas somente mediante 50% de sinal.

Para tirar dúvidas, encomendar e/ou combinar a entrega, dê seu grito pelo email principioativo.rs@gmail.com

segunda-feira, março 22

Marcha da Maconha 2010

Informamos que em maio acontecerá a Marcha da Maconha de Porto Alegre.

Em breve divulgaremos a data. Fiquem ligados/as!

sábado, março 20

Fuja da Cura!

Aqui vai o link do documentário "Run From The Cure".

Assitam que vale a pena. Ele é divido em 7 partes.

Mostra a história de Rick, que descobriu a cura para o câncer através de um óleo feito de hemp, cannabis, marijuana, boaconha (ao invés de maconha, que é a droga mais vendida, depois do crack e da cocaína, nos becos e favelas de Porto Alegre).

Interessante notar que a maior resistência enfrentada por Rick foi a da Máfia das Industrias Farmacêuticas, que possui um vasto lobby e com certeza governa muitos países. Claro, quem mais ganha ($) com o aumento de doenças incuráveis e com a crescente medicalização da sociedade?

Ritalina, prozac, anfetaminas, analgésicos, crack... tomar remédio quando se REALMENTE precisa é uma coisa, ser manipulado pelos interesses($) daqueles que lucram com a falta de informação, educação dos outros é outra.

 

PS: Quem tá esperto(a) tá sabendo que o reconhecimento das propriedades terapêuticas dos canabinóides, pelos laboratórios, não implicará necessariamente o reconhecimento dos direitos das pessoas que usam drogas. Assim como os grandes corruptos do tráfico, os laboratórios se preocupam somente com a grana que circula nesse meio...

sexta-feira, janeiro 29

Debate sobre drogas e Marcha da Maconha são destaques no Acampamento de Juventude

“Se você assiste televisão, fuma unzinho ou toma coca-cola, venha debater sobre drogas” convidava um integrante do coletivo “Marcha da Maconha” nas ruas do Acampamento da Juventude, em Novo Hamburgo.

O debate já tivera uma preliminar no dia anterior, quando o Ministro da Justiça, Tarso Genro, em uma visita ao acampamento, se declarou favorável a mudanças na atual legislação.

“Acho que nossa política de drogas é atrasada, em relação, inclusive, ao próprio usuário. Mas tem que ocorrer uma discussão muito séria para modificar as leis relacionadas ao uso de drogas leves”, disse o ministro.

Na hora marcada, o debate reuniu cerca de 200 pessoas a favor da legalização e descriminalização da maconha.

Em forma de roda, sentaram-se os participantes no Espaço Mundo B do acampamento. E o debate informal começou.

O militante do Rio de Janeiro, Renato Cinco, iniciou falando sobre o fato histórico que gerou o preconceito que até hoje persegue os usuários da droga.

-“A primeira delegacia a reprimir o uso da maconha no Brasil se chamava Inspetoria de entorpecentes e miscigenação. Essa mesma delegacia era responsável por perseguir a cultura negra e suas manifestações, como o candomblé, o samba e a capoeira”.

Cinco conta que num primeiro momento a proibição não vingou por aqui e só foi levada a sério quando o então presidente dos EUA, Richard Nixon, em 1969, declarou guerra aos comunistas e as drogas.

Aos poucos o assunto fugiu da história e chegou aos dias de hoje e aos problemas que a proibição gera a sociedade.

Para o historiador Laurence Gonçalves, independente dos danos que as drogas possam causar à saúde, a criminalização gera muito mais.

-“A maconha ainda é a principal forma de criminalizar a pobreza. Drogas e armas não são fabricadas nas periferias, mas ela é criminalizada para enriquecer traficantes internacionais e colarinhos brancos, sustentando o capitalismo”.

Gonçalves diz ainda que quebrando pelo menos com o tráfico de drogas, outro tipo perigoso de tráfico acaba falindo no Brasil.

-“Se quebrarmos o tráfico da maconha e da cocaína, provavelmente os traficantes não terão dinheiro para pagar propina ou comprar fuzis”.

Outro questão levantada no debate foi: como seria o cultivo, se fosse legalizada a maconha?

De acordo com a grande maioria dos presentes, o ideal seria o auto-cultivo ou, então, a agricultura familiar.

Um dos participantes do debate argumentou que a planta da maconha gera menor impacto ambiental que o eucalipto e serve para diversas funções como produzir tecidos, remédios e comida.

Por fim, Renato Cinco alertou sobre a proposta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que sugere a descriminalização do usuário e o aumento da repressão ao tráfico de drogas.

-“O projeto de FHC é uma armadilha, é um jeito de condenar ainda mais os pobres e pequenos traficantes sem envolver os usuários da classe média”.

Logo após o debate, o grupo deu início a marcha.

Fora do acampamento os militantes, sempre enfrentam dificuldades com o Ministério Público e Polícia Militar para conseguir realizar a marcha no mês de maio em diversas capitais do Brasil e no mundo.

No Fórum o espírito foi completamente diferente.

Ao som de batucadas e samba, a marcha percorreu as ruas do AIJ, despertando no máximo a curiosidade dos outros participantes.

Sem a presença da PM no acampamento, a planta foi usada livremente sem nenhuma repressão e a marcha – considerada a maior do acampamento – aconteceu livre de incidentes.

Marcha da Maconha FSM 2010 NÓIA! from vtbhoher on Vimeo.