Mesmo aqui de Porto Alegre, há mais de 1.500km do Rio de Janeiro é impossível não se envolver com a situação das favelas cariocas. O tráfico de drogas é sim um problema do Brasil e do mundo. Mas aqui nas terras tupiniquins o estado que mais sofre as conseqüências disso é o RJ.
Já nos acostumamos com notícias sobre a guerra entre a Polícia Militar e os traficantes de algum morro carioca. E cada vez que isso acontece, temos ainda mais certeza de que os principais afetados por essa guerra são os inocentes.
O Secretário Estadual de Segurança Pública, Jose Mariano Beltrame, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, diz que a polícia irá ocupar pelo menos 30% das favelas do RJ até 2010.
Ainda segundo a reportagem, "Essa proposta não vai parar. É um aceno concreto de que nos preparamos para fazer isso e vamos continuar fazendo. E teremos um grande número de pessoas beneficiadas até o final do ano que vem. Pretendemos chegar a 30% das comunidades, que sofrem hoje a lógica do território imposto pelo fuzil, livre dessa arma, livre do comando desses marginais", disse Beltrame.
Essa é uma clara medida de maquiar o problema para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Beltrame só esquece de citar que civis precisarão morrer para o estado fingir que resolveu o problema.
Na segunda-feira (30), começou a ocupação na favela Pavão-pavãozinho, essa comunidade é a próxima a receber a Unidade de Polícia Pacificadora. No primeiro dia já houve tiroteio, o suficiente para percebermos o quão pacífica será essa ocupação. Hoje, no segundo dia, o saldo é de um morto, que segundo a polícia é suspeito de tráfico de drogas.
Como resposta, os traficantes não satisfeitos com a ação da polícia, incendiaram um ônibus em Copacabana. Ainda não há notícias de feridos.Essa é apenas a primeira. Se até 2010 de fato ocuparem 30% das favelas cariocas, haverá quantas “respostas” como essa?
Quantos inocentes precisarão morrer para perceberem que a polícia é despreparada, e muitas vezes os policiais são até mais sanguinários que os traficantes? Quantas mães desesperadas, chorando a morte de seus filhos, devido uma bala perdida, a sociedade precisará ver para realmente enxergar que a repressão armada nunca resolveu e nunca resolverá o problema?
Um Brasil sem drogas é impossível. Já um Brasil sem o tráfico violento só necessita de mudanças na legislação.
Já nos acostumamos com notícias sobre a guerra entre a Polícia Militar e os traficantes de algum morro carioca. E cada vez que isso acontece, temos ainda mais certeza de que os principais afetados por essa guerra são os inocentes.
O Secretário Estadual de Segurança Pública, Jose Mariano Beltrame, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, diz que a polícia irá ocupar pelo menos 30% das favelas do RJ até 2010.
Ainda segundo a reportagem, "Essa proposta não vai parar. É um aceno concreto de que nos preparamos para fazer isso e vamos continuar fazendo. E teremos um grande número de pessoas beneficiadas até o final do ano que vem. Pretendemos chegar a 30% das comunidades, que sofrem hoje a lógica do território imposto pelo fuzil, livre dessa arma, livre do comando desses marginais", disse Beltrame.
Essa é uma clara medida de maquiar o problema para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Beltrame só esquece de citar que civis precisarão morrer para o estado fingir que resolveu o problema.
Na segunda-feira (30), começou a ocupação na favela Pavão-pavãozinho, essa comunidade é a próxima a receber a Unidade de Polícia Pacificadora. No primeiro dia já houve tiroteio, o suficiente para percebermos o quão pacífica será essa ocupação. Hoje, no segundo dia, o saldo é de um morto, que segundo a polícia é suspeito de tráfico de drogas.
Como resposta, os traficantes não satisfeitos com a ação da polícia, incendiaram um ônibus em Copacabana. Ainda não há notícias de feridos.Essa é apenas a primeira. Se até 2010 de fato ocuparem 30% das favelas cariocas, haverá quantas “respostas” como essa?
Quantos inocentes precisarão morrer para perceberem que a polícia é despreparada, e muitas vezes os policiais são até mais sanguinários que os traficantes? Quantas mães desesperadas, chorando a morte de seus filhos, devido uma bala perdida, a sociedade precisará ver para realmente enxergar que a repressão armada nunca resolveu e nunca resolverá o problema?
Um Brasil sem drogas é impossível. Já um Brasil sem o tráfico violento só necessita de mudanças na legislação.
5 comentários:
Tá. Mas deixar como está é solução?
Legalizar é a solução!
Para isso, um secretário de segurança liberal precisaria pedir a algum deputado também liberal a proposição de um projeto tornando legal o comércio de drogas psicoativas.
Este projeto precisaria passar por todas as comissões regulamentares, o que inclusive significaria a avaliação de o que legalizar representaria para os tratados internacionais a respeito do assunto nos quais o Brasil participa.
Embora legalizar possa até ser solução a, digamos, médio prazo, o que o secretário de segurança deveria fazer hoje?
O Secretário de Segurança deveria se exonerar do cargo! Ou, no mínimo, questionar a política de segurança pública adotada no Brasil, na qual o bem jurídico mais importante de todos tutelado pelo Direito Penal, a VIDA, não vale nada.
A única coisa que importa é matar favelados para "pacificar" as comunidades em que vivem. Na verdade, a única coisa que eles estão pacificando é a mente pertubarda da elite (econômica, a que mais sofre com a violência, roubos, furtos, etc.) que não consegue nem pensar em outras formas de acabar com o "problema" das drogas a não ser criminalizando a parte mais vulnerável da sociedade.
É compreensível a ânsia política de querer vigiar as favelas de perto. Imagina, eles não podem nem ir à praia escutando seu ipod e estacionarem tranquilos o seu BMW na rua sem serem importunados por mendigos, guardadores de carro, entre outras figuras comuns do ambiente urbano.
Ficam impressionados quando a TV mostra turbas de viciados consumindo crack em plena rua! E questionam as autoridades: "Que absurdo! Consumir drogas a céu aberto". Enquanto fumam seu cigarro e tomam sua cervejinha.
Mas enfim, se legalizar não for a solução, eu sei que criminalizar não é!
Achei o ponto de vista de vocês em ralação a pacificação ótimo,mas o que me impressiona tbm é ver que as pessoas menos favorecidas,tidas como faveladas não entendem que isso é uma forma de maquiar a situação e apoiam esse tipo de atitude de nosso governo.
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